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Crianças precisam de cuidados redobrados na estação do sol
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Verão 2025 deverá ser bem quente e, por isso, a atenção com a saúde infantil deve ser ainda maior
As estimativas de organismos nacionais e internacionais que estudam o clima sugerem que o verão 2025 deverá ter temperaturas elevadas no Brasil. Com isso, é importante que a população mantenha os cuidados básicos para evitar os males do calor extremo, que incluem uma boa hidratação, alimentação saudável e proteção solar constante. Desta forma, será possível diminuir os riscos de problemas como desidratação, insolação, intoxicações alimentares e doenças de pele.
Em geral, as crianças fazem parte dos grupos mais vulneráveis ao calor extremo – o outro é formado por idosos. Por isso, é fundamental que os responsáveis fiquem atentos às orientações de especialistas para que o período de primavera-verão seja o mais seguro possível. Além das doenças, no período em que as crianças têm mais tempo livre também é necessário ficar atento aos acidentes domésticos, o que inclui afogamentos, quedas e queimaduras.
“Já estamos enfrentando ondas de calor significativas que trazem riscos à saúde, principalmente das crianças que são mais vulneráveis, já que o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento”, ressalta a médica Fabíola La Torre, coordenadora Médica da Linha Pediátrica do Hospital São Luiz Osasco, em São Paulo. Outra orientação é que, mesmo no verão, é preciso se preocupar com gripes, resfriados e pneumonia, que podem ocorrer em qualquer época do ano.
Exposição ao sol – A médica orienta o uso de protetores solares específicos para o público infantil, com fator de proteção alto e quantidade adequada. É importante não esquecer de regiões sensíveis como pés, orelhas e nuca, e reaplicar o protetor e várias vezes ao longo do dia. Se a brincadeira for na piscina ou na praia, o protetor deverá ser aplicado sempre que a criança sair da água.
Além disso, é fundamental evitar os horários de maior incidência dos raios solares, entre 10h e 16h. E, para ampliar a proteção solar, as crianças devem usar chapéus e roupas com proteção UV. “Bebês com menos de seis meses não devem ser expostos diretamente ao sol ou utilizar filtro solar. Neste caso, é indicado o uso de barreiras mecânicas, como roupas e guarda-sol, que precisa ser de tecido escuro, como lona”, orienta. A médica lembra, ainda, que o efeito da radiação solar é acumulativo e o principal fator de risco para o câncer de pele.
O contato constante com a água, seja pela transpiração ou devido ao mergulho em praias e piscinas, também faz com que a pele fique úmida por mais tempo, favorecendo o aparecimento de micoses. “Para prevenir, o ideal é secar bem o corpo da criança, principalmente o meio dos dedos dos pés. Além disso, para evitar outras alergias, sempre lave o corpo com água limpa para retirar cloro, areia e outras substâncias”, reforça a médica Fabíola La Torre. Ao identificar lesões vermelhas, escamação da pele e coceira, é importante procurar um dermatologista.
Siga as dicas!
Mantenha as crianças hidratadas – Ofereça água e outros líquidos naturais, como sucos e água de coco frequentemente. Não espere a criança pedir, pois ela tende a fazer isso quando a situação já está grave. É importante ficar atento ao suor, urina e diarreia. Caso os pais identifiquem sintomas como boca seca, pouca urina, sonolência ou pele acinzentada, devem iniciar o processo de hidratação e buscar atendimento médico.
Cuidado com a alimentação – Com o calor, as comidas estragam rapidamente. Por isso, deve-se dar atenção especial à conservação e refrigeração dos alimentos e evitar consumir alimentos prontos fora de casa – principalmente nas praias. Alimentos como ovo, carnes, peixes e maionese são os mais suscetíveis. Por isso, a recomendação é optar sempre por preparações mais leves, naturais e saudáveis.
Cuidado com os ouvidos – O excesso de água elimina a cera na parte interna do ouvido, reduzindo a proteção e favorecendo quadros de otite. A orientação é secar a água do ouvido, inclinando a cabeça da criança para os dois lados, e usar protetores sempre que possível.
Modere o uso do ar-condicionado – O equipamento pode ser um ótimo aliado para amenizar as altas temperaturas, mas deve ser utilizado com alguns cuidados para as crianças. Por exemplo, o aparelho não pode ser instalado próximo ao berço ou à cama dos bebês e a temperatura deve ser amena, em torno de 25oC. Além disso, os filtros devem ser limpos semanalmente e o ambiente deve ser umidificado.
Evite acidentes – Em locais com piscina, é essencial incluir barreiras físicas, como grades e portões. No caso de bebês, apenas 2,5 centímetros de água são suficientes para ocasionar afogamento, por isso, a atenção deve incluir baldes, bacias, banheiros e lavanderias. Também é importante ter cuidado com cordões, fios e cordas, que podem causar estrangulamento, assim como com tomadas e itens elétricos, que podem dar choque, e itens inflamáveis e tóxicos, como produtos de limpeza. Na cozinha, panelas quentes nunca devem ficar ao alcance das crianças, seja no forno ou fogão, e os cabos devem estar sempre voltados para o lado interno. Como os riscos estão presentes em elementos comuns do cotidiano, as crianças nunca devem ficar sem supervisão, mesmo em casa.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Hospital São Luiz Osasco