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Arquitetura da Paisagem
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Como aproveitar todo o potencial da sua piscina transformando-a em um espaço de lazer, saúde e descanso
Projetar uma experiência. Essa é a função e o objetivo principal do arquiteto e urbanista dedicado a Arquitetura da Paisagem. A partir dessa concepção, para esses profissionais, o projeto de uma piscina nasce da sua relação com a edificação, seja ela a moradia, um clube ou uma escola. Para isso, o profissional levará em consideração luz, materiais, vegetação e suas florações, cores, texturas, a água e o relevo, as pessoas e as relações que pretendem construir a partir desse espaço de descanso. Para a professora doutora e presidente da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP), Luciana Schenk, o papel do arquiteto da paisagem é propor projetos que forneçam saúde e l azer, estabelecendo essa dimensão fundamental do contato com a água, seja em lugares privados ou públicos.
“Ao contrário do que muitos pensam, a arquitetura da paisagem não é uma ciência nova ou recente. Ela remonta à Antiguidade com os chamados Jardins Suspensos da Babilônia, por exemplo. Um lugar como esse, considerado uma maravilha do mundo antigo, provavelmente deve ter tido um planejador e quem o executasse. No entanto, para a história da paisagem, embora existam registros em papiros no Egito ou em gravuras no Oriente, os primeiros projetos de belos jardins surgiram no que viria a ser a Itália, no século XVI”, explica Luciana.
Ao longo da história, o propósito da arquitetura da paisagem foi expandindo e se adaptando às novas necessidades da sociedade. No século XVII, sob o predomínio francês, os jardins eram a representação de poder. Já no século XVIII, sob o domínio inglês, os jardins alcançaram dimensões que mais pareciam parques e tinham o intuito de proporcionar descanso e o ócio. Com a industrialização, crescimento das cidades e da insalubridade, os parques ganham relevância e múltiplas funções: infraestrutura, drenagem, renovação do ar, alteração de temperatura, passeios e práticas esportivas.
De acordo com a professora, é somente a partir do século XX que o projeto dos quintais e seus jardins particulares ganha notoriedade. “Esse espaço, que vem atrelado à conquista da casa própria, tem suas primeiras formas de jardim com piscina conhecidos no leste americano”, esclarece.
Tendências para as áreas de piscinas e lazer
O isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus evidenciou a importância dos espaços residenciais de descompressão. Tanto que, mesmo após o início da abertura dos espaços públicos, a demanda pela construção de piscinas no Brasil e no mundo registrou alta significativa e a tendência é que permaneça assim durante a alta temporada.
Diante desse cenário, a arquitetura da paisagem ganha cada vez mais influência no desenvolvimento das áreas particulares de piscinas e lazer. Diferentemente do paisagismo, que tem o foco no verdejamento e espécies do espaço, o arquiteto da paisagem projeta o todo do espaço livre, o lugar de implantação da piscina, a forma que ela vai ter, se vai existir vegetação ou não, iluminação, quedas de água, mobiliário, etc.
Ainda de acordo com a presidente da Abap, o mercado de revestimentos tem dado cada vez mais destaque aos projetos de áreas de lazer. “Com uma diversidade cada vez maior, é importante estar atento a esse diálogo de materiais. São porcelanatos com rugosidade, revestimentos com padrões criativos e inovadores, placas e pedras com tamanhos diferenciados que demandam conhecimento de técnicas construtivas e impactam diretamente a qualidade das ações que acontecerão naquele espaço”, finaliza Luciana
Fonte: Revista ANAPP Edição 153