12/04/2022

Tudo o que você precisa saber sobre a Ioga na piscina


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Muito mais desafiadora do que a Ioga tradicional, a prática exige equilíbrio e controle físico para se manter debaixo da água

Sabendo que a Ioga é uma prática bastante utilizada para o bem-estar e a água uma poderosa aliada no quesito relaxamento, a união das duas coisas criou o que hoje leva diferentes nomes: Woga, Water Yoga, Hidro Yoga, Acqua Yoga ou simplesmente Ioga na piscina. Essa adaptação da Ioga tradicional utilizando os princípios físicos da água, segundo o Terapeuta Corporal Aquático, Marcelo Roque, é uma espécie de experiência sensorial baseada em diversos trabalhos corporais aquáticos.

“Não há um criador ou desenvolvedor único dessa prática e de diferentes formas. Na Índia, por exemplo, alguns praticantes inflam seus estômagos de ar para que possam flutuar e controlam seus corpos por meio das chamadas ássanas, ou posturas, tradicionais da Ioga em flutuação. Esse, porém, é um método mais avançado. Já no Ocidente, a prática está mais ligada ao que conhecemos como hidroginástica e terapias aquáticas”, explica.

Apesar de muito interessantes, as práticas de Ioga na piscina podem não ser encontradas com tanta facilidade. Isso porque, em geral, são praticadas no meio de sessões de hidroginástica ou hidroterapia. Marcelo conta que tudo depende dos costumes de cada região e do nível de experiência de cada pessoa. “A Ioga por si só atua em diversos níveis do ser. Por isso, o ideal para quem se interessa, é experimentar uma aula e então decidir se essa é a melhor prática para si”.

Acompanhamento de um educador físico é essencial

Podendo ser realizada individualmente ou em grupo, a Ioga na piscina pode ser um pouco mais difícil para iniciantes por conta do equilíbrio corporal, já que o praticante deve estar atento a isso o tempo todo enquanto a água o move em todas as direções. Quando praticada em grupo, o instrutor dá coordenadas e instruções para a realização de ássanas e movimentos. Já o método individual vai depender do nível do praticante, podendo ser apenas uma forma de alongar os músculos para quem está começando.

“Vale mencionar que o relaxamento promovido pelo contato com a água pode ser elevado dependendo da temperatura do ambiente, pois os músculos são alongados de maneira mais favorável no calor. Dessa forma, quando realizada em piscinas aquecidas, essa prática promove um maior relaxamento corporal e mental”.

A duração das sessões também vai depender do nível de experiência do praticante, podendo durar apenas alguns minutos ou até horas. No geral, as sessões comerciais têm duração de 45 minutos. Elas são iniciadas com uma espécie de aquecimento e são seguidas por práticas que incluem alongamento, fortalecimento, equilíbrio, propriocepção também conhecido como cinestesia, consiste no sentir onde o corpo está no espaço, como tocar o nariz de olhos fechados por exemplo, consciência respiratória e corporal e conexão espiritual e física.

Com exceção de impedimentos relacionados ao contato com a água, como infecções de pele, problemas cardíacos graves e problemas de pressão arterial, não existem contraindicações para a realização da Ioga na piscina. E para pessoas que já têm algum tipo de lesão, o indicado é não investir em níveis muito avançados dessa prática, pois exige altos níveis de transcendência física e mental.

E apesar das poucas contraindicações, Marcelo explica que, como em toda prática física, é importante estar acompanhado de um educador físico devidamente qualificado. Até porque, no Brasil isso é lei. “É uma regra que favorece muito os clientes porque eleva a sensação de segurança. Dessa forma, é importante buscar instrutores devidamente informados e que sabem os limites do corpo de cada pessoa”. 

É claro que alguns instrutores de ioga ou terapeutas corporais dominam essa prática com mais profundidade. Nesses casos específicos, vale pesquisar se esses profissionais são filiados a associações competentes, e se estão aptos a dar aulas. Até porque, assim como a acupuntura é diferente da formação tradicional da medicina, a Ioga entra em âmbitos que vão muito além do relaxamento.

 

Fonte: Revistas ANAPP Ed. 162