11/03/2020

Maior piscina em balanço da Europa


Compartilhe:

Clavel Arquitectos está por trás da construção do Odiseo, um edifício concebido para funcionar como centro recreativo na cidade de Murcia, Espanha. A primeira coisa a chamar a nossa atenção neste oásis urbano é a estrutura da maior piscina em balanço da Europa.

 

exto enviado pelos autores. O arquiteto responsável pelo projeto, Manuel Clavel Rojo, fundador do escritório Clavel Arquitectos, foi quem inaugurou esta piscina suspensa de 42 metros de comprimento e 20 metros de balaço. Ao fazê-lo, Clavel dá continuidade a uma tradição na qual os autores de projetos ousados e inovadores, assumem o risco de comprovar a segurança de suas próprias criações.

Localizado em uma periférica ao centro histórico de Múrcia, o edifício foi concebido de forma a criar um microclima protegido do clima hostil do sul da Espanha. Múrcia é conhecida como uma das cidades com mais horas de sol da Europa e por isso, recebe um enorme contingente de turistas todos os anos. Desta forma, os arquitetos propuseram a construção de um bosque elevado que alcança os trinta metros de altura, o qual encontra-se protegido por uma trama tubular que junto a um espelho d'água, colaboram para criar um microclima controlado e agradável neste cálido cenário mediterrâneo. Esta abordagem é um reflexo dos tradicionais esquemas de casa pátio, os quais remontam o século X e servem para melhor controlar a temperatura dos espaços interiores assim como para aproveitar a ventilação natural. No total, o programa de mais doze mil metros quadrados encontra-se distribuído entre seus diversos elementos: um jardim, espaços recreativos para adultos e crianças, praça de alimentação, espaços expositivos e performáticos.

 

Devido a sua localização frente as rodovias de circunvalação do centro de Múrcia, o edifício procura se fazer visível em meio a uma paisagem repleta de informações publicitárias e placas de propaganda dos centros comerciais vizinhos. De forma parecida, a estrutura do centro recreativo utiliza a vegetação para chamar à atenção dos transeuntes a respeito do programa que ela abriga. Para a construção do edifício, os proprietários contrataram mão de obra local, promovendo a micro economia da região de forma responsável.

Arquitetura, comunicação e natureza se sobrepõe para dar forma a um espaço acolhedor em meio a uma área inóspita e hostil, criando um oásis urbano de uso público e microclima agradável, aberto à todos os cidadãos.

Fonte: archdaily.com.br