08/10/2020

Como voltar a frequentar piscinas e aula de natação com segurança


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Os brasilienses estão acostumados a frequentar clubes e piscinas nessa época do ano, em que as temperaturas alcançam recordes elevados e a umidade relativa do ar está baixíssima, com reabertura das piscinas para práticas desportivas e recreativas. 

De acordo com a infectologista Ana Helena Germoglio, do Hospital de Águas Claras, a Covid-19 não é transmitida pela água. Ainda assim, é preciso atenção em relação a possíveis aglomerações de alunos e docentes.

“Os componentes utilizados para tratamento físico e químico da piscina, incluindo o cloro, são suficientes para matar o vírus. Portanto, devemos nos preocupar menos com a água e mais com as pessoas que estão ao nosso lado”, explica a médica.

Em relação às piscinas de condomínio, a infectologista recomenda compartilhar apenas com pessoas do mesmo círculo domiciliar. “Mesmo assim, ainda é preciso manter as precauções fora da piscina, como máscara, higiene de mãos e distanciamento”, alerta Ana.

Aulas

Após o início da pandemia, a quantidade de alunos da personal trainer e professora de natação Thais Helena foi reduzida drasticamente. Docente de crianças de seis meses a 12 anos, ela afirma que também é preciso analisar o convívio dos pequenos com pacientes de risco antes do retorno, além de evitar a interação entre elas fora da piscina e sem proteção.

“Antes, eu trabalhava em grupos. Agora, tenho que atender no máximo dois alunos da mesma família. Pelo menos 10 alunos meus não voltaram com as atividades por serem pequenos e morarem com idosos”, explica a profissional.

O professor de natação e personal trainer Jocelio Rodrigues salienta que, além das regras impostas pelo GDF, efetua outras medidas em aulas infantis. “Recomendo sempre uma ducha antes de entrar na piscina e uso de máscara de acrílico transparente dentro da água, no caso dos alunos menores”, elenca.

O anúncio do retorno da natação desportiva e recreativa incitou novos adeptos a procurarem o esporte. De acordo com Thais, houve aumento na busca por aulas, embora seja um número irrisório perto da quantidade pré-pandemia. “A procura veio logo que liberaram as piscinas para esporte, sobretudo por pessoas que irão prestar concurso público e pais que viram seus filhos ganharem peso nos últimos meses”, diz.

De acordo com o profissional, o retorno das atividades aquáticas é necessário para manter a qualidade de vida dos usuários, sobretudo aqueles que realizam apenas essa modalidade esportiva. “Se medidas bem pensadas tivessem sido adotadas no início, não teria sido necessário a interdição das piscinas”, lamenta o professor.

Regras

A medida promulgada pelo governo local explicita o cuidado com o distanciamento e outros fatores. Segundo o documento, os atletas precisam respeitar o distanciamento de 2,5 metros ao ocupar intercaladamente raias e bordas e o espaço das piscinas precisa ser aberto com circulação livre de ar.

Além disso, deve ser restringido o número de frequentadores nas áreas de circulação, evitando o contato entre as pessoas. Na área de treino, a ocupação máxima fica restrita a uma pessoa a cada quatro metros. O empréstimo de material e equipamentos também foi proibido, assim como a permanência de mais de duas pessoas em banheiros e vestiários. Esses locais precisam ser totalmente higienizados duas vezes ao dia, por, pelo menos, 30 minutos.

 

Fonte:metropoles